Desde o princípio, os homens já buscavam registrar formas e movimentos com pinturas e desenhos nas paredes das cavernas. Há sete mil anos atrás, os chineses brincavam com sombras de diversas figuras recortadas e manipuladas nas paredes, como se fossem um jogo de sombras, uma espécie de teatro de bonecos da época. Isso já seria o embrião de uma ideia que culminou no que conhecemos atualmente como a arte de fazer cinema. Inúmeros processos de criação e desenvolvimento foram explorados desde então em relação aos fundamentos da ciência ótica como um todo.
O cinema então, passou a ser uma das formas de comunicação e entretenimento mais fascinantes, capaz de encantar milhares de pessoas ao redor do mundo. A primeira exibição cinematográfica aconteceu na França em 1895, com a exibição do filme “Saída dos Trabalhadores da Fábrica”, um curta metragem dos irmãos Lumiére, com duração de apenas 1 minuto e evidentemente, com película em preto e branco, sem falas. Este também, foi o primeiro filme exibido no Brasil, logo no ano seguinte.
As atrizes e atores de sucesso e todo o glamour que representam, os bastidores e a divulgação das rodagens dos filmes, o carisma dos diretores, as grandes premiações dos festivais – Oscar, Cannes, Gramado, etc. – fizeram do cinema algo quase que indispensável na vida das pessoas.
Diante da sólida e permanente trajetória de sucesso, jamais se poderia imaginar que alguma coisa fosse capaz de enfraquecer ou simplesmente ameaçar a ida das pessoas às salas de projeção. Porém, isso vem mudando gradativamente com o passar dos anos com o surgimento e ascensão dos serviços “on demand” nos lares do mundo inteiro, como Netflix ou Amazon, por exemplo. Os televisores de última geração passaram a ser uma dura concorrência para o cinema.
Para se ter uma ideia da força destes serviços, a Netflix já possui mais de 50 milhões de assinantes em todo o mundo e tem se tornado uma excelente alternativa de lazer para as pessoas, sem que elas precisem sair de casa. Não há como negar que a forma como o conteúdo audio visual vem sendo consumido nos lares mudou drasticamente ao longo das duas últimas décadas, graças à forma como o acesso à Internet se tornou lugar comum nas residências. Assistir filmes em casa evoluiu para uma experiência totalmente diferente do que era antes.
Hoje, os consumidores têm uma quantidade enorme de escolhas sobre como relaxar e se divertir, e salas de cinema nem sempre são a opção mais tentadora. Além disso, ir ao cinema não é barato. Os bilhetes custam normalmente o preço que se poderia pagar por um filme em Blu-ray. Somando os gastos com pipoca, doces e refrigerantes, sairia mais caro do que um mês inteiro de acesso a toda a biblioteca de filmes Netflix e programas de TV disponíveis. E se pensarmos nas TVs cada vez maiores e mais bonitas em casa, inclusive com tecnologia 4K, que possui imagens de altíssima qualidade, bem como som surround, por que deixar a sala de estar? É adquirindo estes produtos e raciocinando desta forma, que muitas pessoas estão deixando de frequentar as salas de cinema.
Os serviços de streaming estão cada vez mais enraizados na maioria dos dispositivos. As TVs inteligentes, consoles, tablets, smartphones e computadores tem condições de acessar facilmente a Netflix ou Amazon Instant Video, a partir de um simples aplicativo. Isso sem contar as várias opções do usuário, como continuar a ver a partir de onde o filme parou ou encontrar novos shows e filmes. É realmente muito fácil e os consumidores só tem a ganhar!