Um vlogger americano que possui 2,5 milhões de assinantes em seu canal acusou o Facebook de “mentir, enganar e roubar” com o objetivo de dominar o mercado de publicidade em vídeo. Em um post publicado no site Medium nesta segunda-feira, 03, Green afirmou que a rede social está favorecendo vídeos enviados diretamente para a página e inflando os números de visualizações dos vídeos no site.
Usando dados de uma pesquisa realizada pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, o vlogger afirmou que o Facebook promove ativamente os vídeos enviados diretamente em detrimento de arquivos incorporados de redes como o YouTube e o Vine. “Um vídeo do YouTube atinge entre 20 mil e 50 mil pessoas e é visto por 100. O mesmo vídeo, enviado de forma nativa, atinge entre 60 e 150 mil pessoas e é ‘visto’ por dezenas de milhões”, afirma ele, destacando que, embora não seja ilegal, a medida é antiética.
Outra acusação feita por Green é o fato de Facebook ‘inflar’ o número de visualizações por considerar um vídeo como visualizado com apenas três segundos de reprodução, enquanto o YouTube aguarde até 30 segundos para iniciar a contagem. Na prática, isso significa que um usuário que estiver rolando a página pode ser contabilizado mesmo que não tenha assistido ao vídeo. “Nesse tempo, 90% das pessoas que estão na página vêem uma espécie de GIF animado sem som. Depois de 30 segundos, apenas 20% das pessoas ainda estão vendo”, explica.
O vlogger também afirmou que grande parte do conteúdo de vídeos do Facebook é pirateado do YouTube, reproduzido sem atribuição de fontes. “De acordo com um relatório da Ogilvy, dos mil vídeos de música mais populares do Facebook no primeiro trimestre de 2015, 725 eram pirateados”, conta Green.
Via BusinessInsider / Olhar Digital